Conheça a história do Dreadlocks
Eu sempre fui fascinado por penteados afro e um dos que mais me causa fascínio são os dreadlocks, por isso nesse post irei abordar de forma resumida a história desse penteado que marcou o movimento ratafari.
Etimologia
Os primeiros registros do termo "dread" são da época da escravidão. Durante a travessia para outro continente, as pessoas eram mantidas presas uma nas outras, sem espaço para higiene pessoal e de organização do aspecto do cabelo, assim no desembarque os fios estavam embaraçados e crescidos em tufos. Devido essa aparência, foram chamados pelos moradores da América do Norte com o termo "dreadful" (tradução terrível ou monstruoso). Este foi encurtado décadas depois para perder o tom pejorativo.
História
O dreadlock tornou-se famoso graças ao movimento rastafari, onde os seguidores não cortam e não penteiam os cabelos por motivos religiosos, baseando-se em citações do Velho Testamento da Bíblia, mas ao contrário do que se pensa, este não foi inventado no movimento rastafari ou por Bob Marley na década de 1970.
Seu uso é tão antigo que não é possível determinar corretamente quando começaram a ser utilizados. Pois os cabelos humanos ficam emaranhados quando não são cortados ou penteados, é bem possível que os homens pré-históricos tivessem cabelos semelhantes ao dreadlock. Isso também se aplica a muitos povos antigos.
Algumas tribos antigas da Índia e da África usavam o dreadlock ou a trança, devido duas situações: costume local com a dificuldade de manter os fios no lugar e, para representar a ligação espiritual dos homens santos. Este aspecto de cabelo também foi achado em múmias no Peru, datadas de 200 a 800 d.C., e de sacerdotes astecas, dos séculos XIV e XV, que atestam o uso dos cabelos em mechas emaranhadas.
Muitas vezes, o dreadlock é um símbolo de devoção religiosa, tais como: na Etiópia sacerdote cristã copta; Na Índia seguidores da seita hindú sadhu, em homenagem à divindade Shiva; No Japão seguidores da filosofia rasta-budista; No Senegal seguidores da seita muçulmana Baye Fall; Na Nova Zelândia os maori; em tribos na Namíbia e Angola; Na filosofia Ascetismo, em não alterar a criação de Deus.
Do preconceito à tendência
Talvez por fugir drasticamente dos padrões ocidentais de beleza, o usuário de dread pode ser vítima de preconceito, a ponto de ter problemas para conseguir emprego, sobretudo quando a atividade exige contato com um público mais conservador, que associa o estilo ao puro desleixo. Por outro lado, o uso de dreads é muito bem aceito em ambientes ditos alternativos ou ligados à contracultura e, em diversas versões, com cabelos naturais ou fios sintéticos, acabou por ser apropriado pela indústria da moda.
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